quarta-feira, 9 de maio de 2012

Guerra e Paz




Numa uma exposição de arte ela encontrou Michael Jackson veja como aqui
….

E foi assim que em meio aos murais, esboços e cartas de  mais que um artista talentoso, um homem especial e que tinha amigos, que fui novamente ao encontro de meu amado Peter Pan. E pensei em como Michael Jackson, em toda sua intensa obra e breve vida também retratara como poucos a guerra e paz que há em cada um de nós. Foi impossível não tecer um paralelo entre ambos e pensar em como os artistas geniais interpretam a humanidade, traduzindo sentimentos em obras inigualáveis e em como costumam se entregar,  de corpo e alma à sua obra e ao seu  público. Pensei então em como será lindo o dia em que  os filhos de Michael tiverem a felicidade de prestar tributo a seu pai através de um memorial, de serem guardiões do acervo de sua obra e do seu legado, tanto artístico quanto humanitário, honrando-o e apresentando ao mundo o Michael humano/humanitário que a mídia negou, o homem que falou da importância de se valorizar a infância como etapa importantíssima do desenvolvimento humano, ao contrário do que apregoaram os tablóides (que o condenaram como pedófilo, quando a justiça oficial americana o inocentou de forma unânime), o artista que cantou e dançou a paz e a unidade entre os povos em músicas ontológicas como “We are the world”, “Heal the world”, Man in the Mirror”, “Another Part of Me”,  só para citar algumas.
Mas imediatamente minha lembrança reportou-se ao importante discurso que Michael fez na célebre Universidade de Oxford, em 2001 – diga-se de passagem o mais concorrido de toda a história daquela instituição – do qual retirei esse trecho, mas recomendo que seja lido na íntegra, tal a profundidade do mesmo:
(…)

“Se eu realmente acredito que possamos curar esse mundo crivado de guerra, ódio e genocídio mesmo nesses dias?  E se eu realmente acho que possamos curar nossas crianças, as mesmas crianças que entram em suas escolas com armas e cheias de ódio atiram em seus colegas como fizeram em Columbine; nossas crianças que lincham uma criancinha até a morte como a trágica história de Jamie Bulger ( assassinado na Inglaterra por dois garotos de 10 anos)?
Claro que eu acredito, ou eu não estaria aqui esta
noite. Mas tudo começa com perdão.
Pois para curar as crianças nós primeiro temos que nos curar.
E para curar nossas crianças, nós primeiro temos que curar a criança dentro de cada um de nós.” Michael Jackson (Discurso na Universidade de Oxford)
(…)

E voltei então para Cândido Portinari, o menino prodígio nascido na cidadezinha de Brodósqui, de família pobre e cujo talento o levou a estudar na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro com apenas 15 anos, talento esse que o levou a conhecer o mundo e ser conhecido também, artista/homem para quem a paz é simbolizada pela infância bem vivida que cada criança merece ter, o que me trouxe ainda mais clareza sobre a sua genialidade e lembrei então, de como ele deu a vida pela sua arte, tanto que morreu intoxicado pelas tintas que usou durante décadas para dar cor à suas telas…
Enviado por Irleide de Souza em 11/02/2012
Código do texto: T3493734


FONTE : http://falandodemichaeljackson.wordpress.com/2012/02/12/guerra-e-paz/

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