segunda-feira, 14 de maio de 2012

A Saudade Em Mim

Saudade, essa palavra que só existem em português, desde muito cedo é um vocábulo que faz parte de meu contexto.
Eu era ainda criança quando deixei minha pequena cidade natal e vim morar em São Paulo. Desde então, esse sentimento de nostalgia me persegue.
Voltei algumas vezes à minha terrinha, mas nunca mais foi a mesma coisa. O colégio agora parecia tão pequeno. Onde é mesmo que eu brincava de “A corrente pega gente, quem tem medo sai da frente…”?  E a professora já não se importava mais tanto com a sua “melhor aluna”, parecia mesmo que nem se lembrava mais de mim… Mas o pior foi ver a bela casa com pomar e jardim onde eu passei meus primeiros e inesquecíveis anos de vida,  tão diferente, pintura descascada, plantas mal cuidadas, tão triste e tão feia e tão sem vida… Onde estavam os cajus e abacates, os pássaros canoros e até os mandruvás e bichos-papões que tanto me apavoravam? Foi um golpe forte ver assim a casa que um dia fora nossa. Lembro muitas vezes de Carlos Drumond de Andrade, em seu texto “Vende a casa”, onde ele se refere às fibras, mais fortes  que laços que o prendiam à casa que ele estava vendendo com o coração apertado. Tantas memórias, tanta vida ali vivida. Pensei sinceramente em comprar aquela casa e trazê-la de novo à vida. Foi só um sonho de criança.

E foi assim, cresci em meio à saudade da terra natal, da infância lá deixada, dos parentes e amigos, das mangueiras e do poeirão vermelho, do cheiro de chuva na terra, dos vagalumes nas noites de lua, dos desenhos lidos nas estrelas e nas nuvens. Bons tempos que não mais voltam, da infância tão bem conduzida pelos meus pais.
Depois, vim a conhecer uma saudade muito mais amarga: da falta de um ente querido. E foi essa São Paulo, a metrópole que me acolheu e que eu aprendi a amar, a mesma que já me havia tirado Presidente Epitácio, que agora me leva também minha única irmã e anos depois, meu pai. A dor de perder  alguém amado é indescritível e porisso eu não tenho como escrever aqui, nem quero reviver tal dor. Mas é natural que sintamos tanta falta de pessoas tão especiais e que conviveram anos conosco, nos fizeram de certa forma, ser o que somos. É uma saudade que cala fundo, uma ferida que o tempo cicatriza e que se ameniza com a certeza que temos de que essas pessoas queridas ainda estão cá em nosso coração, muito do que foram vivem em nós. É assim que eu me sinto em relação ao meu pai e à minha irmãzinha.

Mas como explicar essa saudade de alguém que não conheci? Como posso amar tanto alguém que sequer vi, nunca apertei sua mão, não lhe abracei, nem rocei sua face com um leve beijo? Não sei o seu cheiro nem a textura de sua pele… Como posso me identificar tão fortemente com alguém com quem nunca convivi? Mais estranho ainda é quando esse alguém em questão é, nada mais  nada menos do que o maior artista que já houve?
Foi então que parti em busca de resposta. E, como nos tempos em que viajava pra minha pequena Epitácio procurando a infância perdida, fui à Terra do Nunca, em busca do meu Peter Pan. Desnecessário dizer da dor que sinto e da falta imensa que tenho dele…. É isso mesmo, por mais paradoxo que pareça ser, eu tenho falta dele, como se a falta fosse algo que se possui e que pudesse preencher esse vazio.
Claro que, como a minha infância tão bem vivida me deixaram marcas indeléveis, meu amado Michael Jackson também deixou um legado que é um verdadeiro tesouro. Tenho não só músicas e danças e desenhos – sim, ele também era um excelente desenhista – , mas um exemplo humanitário a ser seguido e que me dá uma causa a mais na vida. Isso me faz mais plena, assim como as lembranças dos meus tempos de menina, tão moleca que eu era!

E lá na Terra do Nunca, estive o mais perto dele que eu pude, na tentativa de juntar partes de um enredado quebra-cabeça. Ver o lugar que ele construiu para ser mais feliz, também na ânsia de resgatar uma infância que, ao contrário de mim, sequer teve, sua Neverland hoje tão desolada quanto a casa onde eu vivi quando menina, ver a escolinha de ensino elementar onde ele estudou, a cidade onde escolheu viver por toda a breve vida, ir na mesma  que ele ia, percorrer os caminhos quotidianos que fazia, tudo isso foi como tentar comprar a casa da minha infância. Nem todas as partes do quebra-cabeça me trouxeram mais o todo, pois a porcelana uma vez quebrada, não se emenda mais com perfeição. Mas esses caquinhos de Michael Jackson me trouxeram a clareza de que o amor está aqui dentro de mim, mais forte do que nunca e que, mesmo não tendo explicação, ainda que nem a razão nem a ciência deem conta, mas devo tê-lo conhecido sim, meu amado,  porque saudade como essa que eu tenho, de tão grande e tão profunda e tão sentida, não é possível que seja de um desconhecido. Já falei isso antes, em algum lugar, Michael, a gente deve ter se encontrado!

Texto registrado no Recanto das Letras
Enviado por Irleide de Souza em 03/02/2012
Código do texto: T3478943
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quarta-feira, 9 de maio de 2012

The Immortal World Tour By Cirque Du Soleil

Eis um grande desafio posto à minha frente. Como descrever um espetáculo, sem quebrar-lhe o encanto?
Tentarei então, da melhor forma possível, contar o que foi, sem contar como foi.
Descreverei, sem revelar os mágicos segredos, a “ Michael Jackson Immortal World Tour by Cirque du Soleil”.
Que fique para o leitor que ainda não assistiu, o rico encantamento da sua própria imaginação.



“Eu creio que todas as artes tenham como um último objetivo a união entre o material e o espiritual, o humano e o divino.
Eu acredito ser essa a razão da existência da arte.
E eu sinto como se fosse um instrumento… apenas para dar música e amor, harmonia ao mundo. Para crianças de todas as idades, adultos e adolescentes”. (Michael Jackson)
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Eu já tinha assistido uma primeira vez, há alguns dias atrás. Mesmo sozinha, no entanto, me senti em casa, tão familiar me eram todas aquelas histórias e pela enorme sintonia de alma com as pessoas presentes. Confesso que saí deslumbrada.
Hoje era bem diferente. Seria ainda melhor, por impossível que pareça que algo tão perfeito possa vir a melhorar. Eu estava com minhas amigas e isto tinha um significado muito especial. Não sentamos lado a lado. Nos dispersamos pela platéia, duas em um setor, duas no outro. Eu não havia contado nada pra elas, pra que tivessem as gratas surpresas que eu tive.

A primeira delas foi aquele clima “Michael Jackson’s fans ” por toda aquela ala do Mandalay Bay Hotel . Pessoas vindas de todas as partes do mundo; caracterizadas ou não; crianças, jovens, idosos, brancos, negros… a mais completa diversidade!A abertura já foi algo comovente… Os portões de Neverland abriram um mundo fantástico, um mix de magia, talento, sensibilidade, tecnologia, luzes, sons, efeitos diversos, coreografias magníficas, artistas com performances impecáveis, e tudo mais que eu não consigo descrever. Childhood  trouxe a infância roubada do menino na janela e os seus mais belos sonhos. E põe sonho nisso… Pense em carrosséis, balões coloridos e as mais doces surpresas. É ainda mais!!!



Eu ali bem pertinho, num local muito privilegiado, via os artistas se acocorarem no pé do palco, se preparando para a entrada. Às vezes, vinham ao nosso encontro cumprimentar (não tive essa felicidade, mas chegavam bem próximos, interagindo com o público).
Como eu podia ver de perto e de frente os olhos dos artistas, aproveitava para mirar bem, com um sorriso de gratidão. Pensei que, em algum momento de seus shows, Michael podia ter encontrado um olhar que lhe transmitisse gratidão e confiança e procurei fazer com os artistas o que faria se cruzasse com o olhar dele. Fui grata. E, por vezes, algum deles me fitou e eu abri aquele sorrisão.
E Childhood mexeu com as emoções, trazendo lágrimas.
Mas tudo era bem dosado, alternando momentos de profunda delicadeza e sensibilidade com outros alegres, divertidos. Bem como o nosso Michael.
Impossível não pensar no quanto ele ficaria feliz se tivesse tido essa homenagem em vida…
Não sou crítica musical nem expert em dança, mas achei muito perfeito: sincronia, marcação, ritmo, respiração, inspiração, contato visual com o público, presença de palco e tudo o mais.
As músicas foram escolhidas a dedo e, nessa difícil tarefa de seleção, representaram bem o legado artístico de Michael.
Mas o que mais me surpreendeu é que homenagearam o homem todo: o menino prodígio, o jovem inquieto que mudou o mundo da música (só da música?), o cantor, o dançarino, o pai, o Peter Pan, o humanitário. Aliás, o coração bondoso de Michael foi bem enfatizado em diversos números. Deu ainda mais orgulho dele e foi bom saber que muitos que não conheciam essa faceta de MJ agora terão a oportunidade. Não deixaram de lado também o lado crítico/político que surgiu em muitas músicas, bem como o homem preocupado com a natureza.



O público pulsava junto com o elenco: chorava (eu já não era mais a única), ria em gargalhadas frouxas, se encantava, surpreendia-se como meninos que veem magia.
Toda Neverland estava lá: a “giving tree”, o parque de diversões, o zoológico, as crianças doentes que eram lá hospedadas, o trenzinho, as flores no caminho, as estátuas, as luzes, as cores, os sons, os sabores, a magia, a fantasia, os sonhos… novamente os sonhos…
Toda a alegria contagiante de Michael Jackson estava lá: um medley dos J5, Dance Machine, Shake Your Body e outras músicas bem dançantes.



Toda a sensualidade única dele também estava representada nas rebolantes Workin’ Day And Night , Wanna Be Startin’ Somethin’ e na insinuante Dangerous.



O “gentleman” também não faltou em baladas como You Are Not Alone e I Just Can’t Stop Loving You.



A consciência ecológica, a crítica à sociedade hipócrita e o grito contra a mídia sensacionalista aparecem em Earth Song, They Don’t Care About Us e Screem.



Os clássicos Thriller, Billie Jean, Black or White também são interpretados com maestria.
A voz infantil que conquistou o mundo agora cala a todos em quadros impressionantes, ao som de I’ll Be There e Ben.



E a voz do homem surgem em todos os momentos, em frases, partes de entrevistas, gargalhadas. Que saudade!
E Smooth Criminal traz um Michael perseguido pela mídia, numa clara referência ao sofrido tempo das alegações.



Toda uma vida ali estampada. Um homem, um gênio, um artista retratado como nunca.
Todas as performances foram magníficas, mas eu  dificilmente esquecerei o que senti com Speechless/Human Nature, num quadro de rara beleza que me deixou literalmente “sem palavras” e They Don’t Care About Us, cujo enfoque no legado humanitário de Michael foi absolutamente inusitado.
Desfilam pelos nossos olhos descrentes a três grandes turnês mundias de MJ (Bad Tour, Dangerous Tour e History Tour); quarenta anos de carreira; 50 anos de vida dedicados à arte e ao trabalho humanitário que lhe rendeu várias citações no Guiness Book; dezenas de músicas inesquecíveis; tudo bem temperado com recursos tecnológicos de última geração, como luzes e sons de primeira; efeitos pra lá de especiais; supresas disparando de todos os cantos. E a gente sem saber se olhava para o palco principal ou para os músicos no palco frontal. E ainda tinha Michael nos telões, lindo, grandioso, simplesmente irresistível!
E os artistas do Cirque du Soleil, perfeitos, deram tudo de si para transmitir a obra e a vida ímpar de Michael Jackson, com um destaque especial para Jean Sok “BBoy Hourth”, cuja deficiência física não o limitou em nada.  Os 60 dançarinos, acrobatas, contorcionistas e atores foram magistrais; a banda que toca ao vivo é esplêndida, fazendo sacudir até a alma.
Merecem citação as versões das músicas especialmente preparadas para o espetáculo (Immortal Version).
Todos os envolvidos no ousado projeto devem ser parabenizados, desde o roteirista e diretor James King, que abraçou esta “produção rara e eletrizante que combina a música e coreografia de MJ com a criatividade do Cirque du Soleil, para dar aos fãs do mundo inteiro uma visão exclusiva do espírito, paixão e coração do gênio artístico que transformou para sempre a cultura pop mundial” – trecho grifado retirado da Wikipedia – até Guy Laliberté, fundador do Cirque du Soleil; mas eu quero destacar aqui a genialidade e sensibilidade do coreógrafo Travis Payne, a quem eu tive o prazer de conhecer. Ele, como vários outros participantes da equipe do Cirque du Soleil já tinham trabalhado com MJ e conheciam muito bem o artista e o homem. Desta forma, o resultado não poderia ter sido outro: um tributo de excelente nível, digno de honrar o  legado artístico e humanitário e de agradar a fãs e não fãs.

E o espetáculo termina com uma tênue visão de um Michael que se esvai… Eu e minhas amigas nos aproximamos, nos olhamos nos olhos, que agora falam mais do que tudo… Para nós Michael continua. O amor vive para sempre!
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Enviado por Irleide de Souza no Recanto das Letras em 02/05/2012
Reeditado em 02/05/2012
Código do texto: T3646321

Guerra e Paz




Numa uma exposição de arte ela encontrou Michael Jackson veja como aqui
….

E foi assim que em meio aos murais, esboços e cartas de  mais que um artista talentoso, um homem especial e que tinha amigos, que fui novamente ao encontro de meu amado Peter Pan. E pensei em como Michael Jackson, em toda sua intensa obra e breve vida também retratara como poucos a guerra e paz que há em cada um de nós. Foi impossível não tecer um paralelo entre ambos e pensar em como os artistas geniais interpretam a humanidade, traduzindo sentimentos em obras inigualáveis e em como costumam se entregar,  de corpo e alma à sua obra e ao seu  público. Pensei então em como será lindo o dia em que  os filhos de Michael tiverem a felicidade de prestar tributo a seu pai através de um memorial, de serem guardiões do acervo de sua obra e do seu legado, tanto artístico quanto humanitário, honrando-o e apresentando ao mundo o Michael humano/humanitário que a mídia negou, o homem que falou da importância de se valorizar a infância como etapa importantíssima do desenvolvimento humano, ao contrário do que apregoaram os tablóides (que o condenaram como pedófilo, quando a justiça oficial americana o inocentou de forma unânime), o artista que cantou e dançou a paz e a unidade entre os povos em músicas ontológicas como “We are the world”, “Heal the world”, Man in the Mirror”, “Another Part of Me”,  só para citar algumas.
Mas imediatamente minha lembrança reportou-se ao importante discurso que Michael fez na célebre Universidade de Oxford, em 2001 – diga-se de passagem o mais concorrido de toda a história daquela instituição – do qual retirei esse trecho, mas recomendo que seja lido na íntegra, tal a profundidade do mesmo:
(…)

“Se eu realmente acredito que possamos curar esse mundo crivado de guerra, ódio e genocídio mesmo nesses dias?  E se eu realmente acho que possamos curar nossas crianças, as mesmas crianças que entram em suas escolas com armas e cheias de ódio atiram em seus colegas como fizeram em Columbine; nossas crianças que lincham uma criancinha até a morte como a trágica história de Jamie Bulger ( assassinado na Inglaterra por dois garotos de 10 anos)?
Claro que eu acredito, ou eu não estaria aqui esta
noite. Mas tudo começa com perdão.
Pois para curar as crianças nós primeiro temos que nos curar.
E para curar nossas crianças, nós primeiro temos que curar a criança dentro de cada um de nós.” Michael Jackson (Discurso na Universidade de Oxford)
(…)

E voltei então para Cândido Portinari, o menino prodígio nascido na cidadezinha de Brodósqui, de família pobre e cujo talento o levou a estudar na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro com apenas 15 anos, talento esse que o levou a conhecer o mundo e ser conhecido também, artista/homem para quem a paz é simbolizada pela infância bem vivida que cada criança merece ter, o que me trouxe ainda mais clareza sobre a sua genialidade e lembrei então, de como ele deu a vida pela sua arte, tanto que morreu intoxicado pelas tintas que usou durante décadas para dar cor à suas telas…
Enviado por Irleide de Souza em 11/02/2012
Código do texto: T3493734


FONTE : http://falandodemichaeljackson.wordpress.com/2012/02/12/guerra-e-paz/

sexta-feira, 4 de maio de 2012

“John, seja meus olhos e me mostre tudo o que eu não posso ver”

Entrevista com John Isaac, fotógrafo pessoal de Michael na "HIStory World Tour" 
"John, seja meus olhos e me mostre tudo o que eu não posso ver" (Michael Jackson)



A primeira vez que viu Michael, do que você falaram?

Um dia recebi um telefonema. A voz disse: "Você é John Isaac?" Eu disse, "Sim" e perguntei quem ele era. A voz disse: "Michael". Eu perguntei "Michael," A voz disse: "Michael Jackson". Eu disse: "Para" E desliguei. Poucos segundos depois o telefone tocou novamente e era Bob Jones me perguntando por que eu tinha desligado o telefone para Michael Jackson! Eu respondi: "Era ele estava realmente?" E entregou o telefone para Michael. Ele disse que era um fã de minhas fotografias. Ele comprou um poster que criei para a UNICEF, que aparecia muitas crianças porque ele amava as imagens e queria me conhecer.
Perguntou se eu poderia ir para Neverland e assinar o poster. Eu disse que eu poderia assinar um e enviá-lo de Nova York, mas insistiu que eu fosse para Los Angeles. Três dias depois, eles chegaram à Big Apple para filmar "" (Versão prisão) e ele convidou a mim e a minha esposa Jeannette para ir ver o filmagem. Então nós fomos e nos nos conhecemos. No dia seguinte ele me pediu para passar a tarde com ele em seu hotel em Manhattan e ensinei meus trabalhos fotográficos.

Qual é o melhor conselho que ele lhe deu?

Ele me disse uma vez que eu tinha um talento especial fotográfico e devia continuar a usá-lo para ajudar crianças de todo o mundo e para ajudá-lo na mesma causa. Ele sabia o quanto eu me preocupo com as crianças. Eu o levei para o Brasil quando eles estavam terminando o vídeo "They Dont Care About Us", e disse algo que eu nunca vou esquecer: ". John, seja meus olhos e me mostre tudo o que eu não posso ver" Fiquei tão animado que eu fiz fotos das crianças nas favelas do Rio de Janeiro e Salvador, enquanto eles estavam filmando. Eu viajei em seu avião particular para o Brasil. Foi minha primeira viagem com ele. Michael sempre me apoiou, ele estava ciente da minha procedencia. Um dia ele disse que ambos vinhamos de lugares diferentes e é por isso que nós dois amamos crianças. (John Isaac nasceu na Índia e passou 20 anos trabalhando como fotógrafo das Nações Unidas, abrangendo países como o Vietnã, Ruanda, Sarajevo ...).

Você esteve em Neverland para a foto de família do primeiro filho de Michael Prince e Debbie Rowe. Por favor, nos diga mais sobre esta experiência.

Debbie não estava em Neverland. Eram apenas Prince e Michael e eu tirei fotos pai e filho. Fiz as fotos com Debbie eles dois  em um hotel em Los Angeles. Eu estive duas vezes em Neverland. Dirigia um carrinho elétrico ao redor da fazenda, via filmes no cinema, subia no trem  . Eu me senti como uma criança quando eu estava lá! Uma tarde vimos um filme juntos. Fiquei na suite de Liz Taylor. Michael era muito filosófico, muitas vezes falou sobre filosofia e vida. Ele me pediu para dizer-lhe coisas sobre as crianças que conheci que  eu havia  fotografado em todo o mundo. Quando eu trabalhava para as Nações Unidas conheci muitas histórias de dor e sofrimento de todos os tipos de crianças. Ele sempre foi muito compassivo para com as crianças menos afortunadas.

Qual é a sua lembrança favorita durante a HIStory World Tour?

No início da turnê, em Praga, eu acho, ele queria que eu fotografasse no palco enquanto cantava "Heal the World". Eu com medo lá em cima no centro das atenções com tantos fãs na minha frente meus joelhos tremiam . Também gostei de conhecer fãs ao redor do mundo, enquanto viaja com ele. Devo dizer que eu conheci muitos bons jovens. Michael não teria sido quem ele era, se não fosse  todos os fãs maravilhosos que o adoravam tanto. Estar ao lado do Rei do Pop ao visitar hospitais e orfanatos  foi algo que  especialmente apreciei.
 



Quantas reportagens  fotograficas fez com Michael Jackson?

Não tenho certeza quantos foram ... Eu sei que foram muitas. Alguns calendários especiais para  a Sony e outros anúncios. Ele  também queria tirar fotos com as crianças antes de cada concerto.

Também me lembro que nos  disse que Michael tinha uma surpresa para os fãs no show em Milão em 18 de junho de 1997: A foto das mãos de Michael e Prince nos telões do palco. Michael Como Michael decidiu fazer isso? O que ele disse?

Ele disse que era uma das fotos mais especiais que  tinha retirado dele e Prince. Capturei  sua mão tomando a de Prince  e disse-me que ele gostou tanto que  queria mostrar para os fãs no Milão. É uma das minhas favoritas também. Michael nem sequer aparece, apenas a sua mão  protegendo Prince 




































Que imagem que fez de Michael se sente mais orgulhoso?

Há muitas fotos que eu gosto, mas uma que eu tomei durante um ensaio em Los Angeles que foi publicado em um especial de Laurent Hopman - Captain Eo Productions (Programa de memória HIStory World Tour - Edição Limitada). Michael está no centro do palco e todos os bailarinos ao redor com diferentes poses, ensaiando. Parece uma pintura. Michael  realmente gostou desta fotografia também. Todos vestiam roupas casuais. Eu não tenho nenhuma cópia dessa imagem porque todos os negativos que lhes deu a Michael.





 (foto em melhor definição)

Por que às vezes levava três câmeras ao mesmo tempo,  queria Michael algumas fotos especiais? Também parecia que tirava mais fotos dos fãs do que  dele ...

Lembro-me  que ele queria que cada momento de sua vida fosse gravado  Às vezes, ele queria uma foto preto e branco e as outras duas câmeras eram de fotos coloridas. Hoje, com a tecnologia digital, você pode converter a cor preto e branco sem nenhum problema, mas  com os antigos negativos era mais complicado. Também tinha três diferentes tipos de lentes, para que eu pudesse filmar rapidamente sem ter que mudá-las. Após uma primeira selecção de minha parte, Michael escolhia suas favoritas.Tinha bom gosto para selecionar as fotos! E Michael se  encantava ao ver as fotos de seus fãs. Eles eram muito importantes para ele.



Como você ficou sabendo de sua morte súbita, qual foi sua reação?

Eu vi na tv. Fiquei muito, muito triste. Eu me senti tão triste por tão prematura partida. No entanto, eu sei que está lá em cima brilha como uma estrela. Toda vez que vejo um céu limpo à noite eu vejo Michael nele.

Você já viu o filme de Michael Jackson, This Is It? você poderia comentar sobre isso?

Minha esposa me comprou o DVD. Eu só vi partes dele e eu me entristecia tanto da morte de Michael que não poderia continuar assistindo. Talvez um dia eu consegui ver até o fim

Quais são seus planos para o futuro John Isaac?

Estou terminando um documentário sobre mim mesmo como fotógrafo no Japão.Estive documentando sobre os sobreviventes do recente  tsunami . Enquanto  estive no Japão conheci alguns fãs de Michael que foram muito simpáticos. Além disso, a casa Kodak está a preparar uma coleção permanente de minhas fotografias em seu museu. Infelizmente, não tenho nenhum das filmagens que fiz para Michael em turnê ou fotos com seu filho. Eu dei-lhes todos os seus gestores.




















Fãs encontram com Michael Jackson e Lisa Marie em loja de cds

 Por: Stewart Kayle

“Em meados dos anos 90, minha namorada e eu estávamos na música antiga Tower Music de Ventura Blvd perto da Av Cedros , em Sherman Oaks, Califórnia. Sherman Oaks é uma comunidade adjacente a Encino, Califórnia, onde tem a  casa dos pais de Michael.



Dando um passeio pela loja, notei que havia um jovem vestindo um uniforme vermelho (achei que era como uma roupa de líder de uma banda), uma máscara combinando com  a camisa vermelha, meias brancas e sapatos. Estava apenas olhando os CDs em um corredor de loja e segurando alguns CDs. Vi que tinha  a aparência completamente como a de Michael Jackson. á princípio não pensei que fosse realmente Michael Jackson, porque não vi nenhum guarda-costas ou  hordas de fãs ao redor. Na TV,víamos Michael  saires sempre  com  uma grande segurança ao seu redor. Mas o homem de uniforme vermelho e máscara vermelha estava ali no corredor à procura de CDs como qualquer outro e só, desprotegido, vulnerável e totalmente acessível. Eu me perguntei se era um imitador de Michael Jackson.



Olhei para a minha namorada na loja e disse que o cara parecia Michael Jackson. Ela disse que também havia percebido e estava  a me procurar para dizer o mesmo. Só então, a minha namorada e eu vimos que   o homem eradefinitivamente o lendário Michael Jackson e estava na loja com sua esposa, em seguida, Lisa Marie Presley. Tendo vivido em Los Angeles quase todas as nossas vidas, nósjá  visto e falamos com muitas celebridades e estrelas de TV e cinema. 
Mas quando nós percebemos que estávamos na presença do superstar internacional, a lenda, o gênio musical de Michael Jackson,ficamos realmente chocados e sabiamos que estávamos vivendo um dos momentos mais especiais de nossas vidas.


Michael então foi para a caixa onde os funcionários da Tower disseram que ele tinha uma chamada. Minha namorada ouviu Michael conversando com sua irmã La Toya Jackson. Peguei um livro de Michael Jackson da loja, me aproximei dele e perguntei se ele poderia autografar. 
Nunca me esqueço como ele foi simpático, educado, gentil, caloroso e doce conosco, quando nos acenou com um gesto para que nos achegássemos  e gentilmente assinou o livro. 
Lisa Marie sua esposa , disse para minha namorada que a  equipe de segurança de ambos  ficariam furiosos se eles soubessem que tinham saido sem guarda-costas para protegê-los naquele momento. Lisa Marie, também era famosa e, também foi muito cordial e amigável para conosco.


Depois Michael e Lisa Marie sairam pela porta dos fundos do edifício. Subiram em um SUV preta GMC Suburban estacionado na rua de trás entre a Ventura Boulevard e a St. Dickens e Lisa Marie dirigia o carro.
O gerente da loja disse-nos que Michael costumava chamar a loja para organizar visitas e pedia para ser fechada por volta da meia  noite para que pudessem fazer compras privadas e escolher muitos CDs para inspirá-lo ao compor.
Lisa Marie levou o GMC Suburban Ventura Blvd para baixo com Michael, quando um agente do Departamento de Polícia de Los Angeles os deteve. Depois de falar com eles, deixou-os ir sem penalidade. Experiência Incrível.

Minha namorada e eu tivemos a oportunidade de compartilhar um momento breve, mas incrível na vida com o lendário Michael Jackson. Eu vou sempre lembrar e nos gloriamos da  experiência surreal e maravilhosa que poderíamos caminhar livremente com Michael Jackson e Lisa Marie, quando não tinham absolutamente nenhum guarda-costas e foram totalmente acessíveis, falamos com eles normalmente e temos uma lembrança autografada.
Após a morte triste e prematura deste grande compositor e artista que tinha  tantos problemas, eu quis compartilhar com os fãs de Michael minha experiência pessoal e surpreendente por ter conhecido e conversado com o único  Michael Jackson.



Descanse em paz.